segunda-feira, 18 de novembro de 2013

05:46

São 05:46 da manhã. Segunda-feira, dia 18/11/2013. Trilha sonora HIM - The 9th Circle.
Estou indo para o trabalho, tentando me preparar psicologicamente para outra semana de arrancar o couro, horas extras, tentar fazer as coisas darem certo. Porém, estou tentando também não reclamar disso, afinal durante muito tempo esse trabalho foi tudo que eu sempre quis. Acredito que seja apenas uma fase ruim, e estar de pé em uma lotação lotada deixa qualquer um desmotivado.
É isso aí, outro começo de semana e as preocupações são as mesmas, mas agora estabeleci uma nova meta: preciso maturar meu relacionamento. 
Estou com meu namorado, oficialmente há 5 anos. Estou pronta para passar para o próximo nível, compramos um carro juntos, temos contas juntos, percebemos realmente que fizemos a escolha certa um com o outro. Mas, talvez pela diferença de idade, (ele é 10 anos mais velho que eu) tem ocorrido uma divergência de ideias. Portanto a partir de agora tenho como meta ser uma namorada melhor, parar de me comportar como adolescente, já que faz algum tempo que passei por essa fase. Preciso de um novo ideal, por em prática meu desejo de morarmos juntos e ter uma vida conjugal.
Vou começar a me preocupar com coisas práticas e parar de idealizar, vou guardar dinheiro para construir um lar. Vou me aquietar, aquietar minha mente e coração, por ele, ele que escolhi para seguir ao meu lado durante a minha jornada, ele que é compreensivo, que aguenta todas as minhas crises dizendo que me ama, que está ali, lado a lado, secando as lágrimas que eu não precisava ter derramado. Ele que sempre me ajudou, me tirando das situações desagradáveis que eu mesma me coloquei.
Com ele dá certo, com ele funciona. Não preciso de "amigos", rolês, bebida, madrugada, problemas. Daqui pra frente, as coisas vão mudar, de verdade.

domingo, 17 de novembro de 2013

Recarga!

Depois de mais um fim de semana, diga-se de passagem um dos mais problemáticos da minha vida, eu resolvi retomar (de novo) o blog.
O problema é exatamente esse: escrever é um ópio, um alívio para quando minhas crises ideológicas e de ansiedade chegam a um patamar preocupante. É uma forma de eu colocar para fora, tudo que me sufoca, tudo que me causa medo, tudo que me retrai. Escrever me liberta, me reafirma, me faz lembrar de quem eu realmente sou, me faz lembrar que sou uma pessoa interessante, e acima de tudo, que sou boa em alguma coisa.
Minha busca incessante por prazer, por aventura, por situações que quebrem a minha rotina, por vezes, me leva à frustração. E mimada e carente como sou, simplesmente não consigo lidar com a situação, quero sempre que tudo saia como eu planejei, e quando não sai, eu preciso fugir. E agora, pra fugir vou voltar a escrever, pois sei que é algo que realmente funciona, me dá alívio e não tem contra-indicações. E quer saber?! Pouco me importa se alguém vai ler ou não, pelo menos ficou registrado. Pelo menos meu peito ficou mais leve, e não precisei comer o que vier pela frente, beber até cair ou flertar com qualquer coisa que se mova. 
Não sei a razão pela qual sinto as coisas que sinto. Essa eterna ansiedade, esse eterno desassossego. Não sei porque sinto isso quando tenho tudo que sempre quis, por mais que eu insista em deixar as coisas mais difíceis do que elas precisam ser. Sim, não sei o motivo, mas sei que minha vida se resume em fazer algo pra essa sensação passar, então vou continuar procurando, vou continuar escrevendo e fazendo o que eu preciso fazer. Quando as coisas apertarem, vou manter o papel e caneta à mão, o iPhone, o computador, seja o que for, mas vou vomitar todas as palavras que estiverem presas aqui, e que por algum motivo, por ser completamente louca e retraída como eu sou, eu não falei pra ninguém. Eu não sou normal, nunca fui e nunca serei, mas assim começa uma nova terapia, uma nova tentativa de me sentir um pouco melhor, de ter um pouco mais de glamour, de ser entendida, de ter atenção. Goste quem gostar, não dá pra fingir ser algo que eu não sou, minha essência precisa estar marcada em algum lugar: e aqui está. 

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Displicência

Há dias que eu simplesmente percebo que há algo ruim em mim.
Não sou boa, por mais que eu me esforce, por mais que meu complexo de perfeccionismo não me permita.
Há dias que meu egoísmo, parte tão gritante da minha personalidade torna-se incontestável.
Nesses dias eu não sinto vontade de salvar o mundo. Não consigo ver beleza ou lado positivo de nada ou de ninguém. Me parece que cada criatura na face da Terra está ali para me incomodar e ocupar meu espaço.
Há dias que a intolerância me domina. Eu não vou simplesmente conseguir fingir um sorriso e dizer "não foi nada" se alguém pisar no meu pé. Eu vou ter o prazer de direcionar toda a minha frustração, acabar com o dia de alguém porque o meu não está muito bom.
Há dias que eu não vou ter cumplicidade, não vou ter empatia, simplesmente não vou me preocupar com nada além dos meus próprios interesses.
Essa é uma das minhas facetas. E se você não gostou, hoje realmente eu estou pouco me fudendo pra sua opinião.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Mais uma de Amor...

O Amor e ato de amar sempre foram uma constante em minha vida.
Talvez o problema seja que sou uma romântica incurável, como boa canceriana que sou.
A questão é, vejo o amor como algo extremamente complexo, com seu lado mágico: lindo, intenso, inexplicável e o seu lado sombrio: possessivo, destruidor e arrogante.
Parando pra pensar, eu já vi algumas de suas faces... Como o amor que uniu os meus pais, e a falta dele que os separou depois de 5 anos do meu nascimento. Às vezes me pergunto se foi eu que os atrapalhei... Afinal, tenho certeza, minha mãe deve ter negligenciado meu pai, eu simplesmente sou a vida dela: Amor incondicional.
Claro, tive decepções amorosas. Todo mundo tem, mas o efeito que elas causaram em mim foi simplesmente... devastador. Talvez eu me apegue muito às pessoas, mas a verdade é que, depois de apenas 2 meses de um primeiro relacionamento que chegou ao fim, eu estava despedaçada. Algo de dentro de mim foi arrancado, perdido, corrompido. Nunca mais eu fui a mesma. Minha inocência se perdeu: Amor que destrói.
Aí eu descobri como posso amar meu Amigos. E isso soa como um amor cheio de sorrisos e brincadeiras. Amo cada um dos meus amigos verdadeiros de um jeito, e simplesmente detesto quando alguém sai da minha vida. Lá se vai mais um pedacinho da minha história.
Acho que pra me fazer compreender melhor, tenho que esclarecer minha visão sobre amar:
Amar é adorar, é ternura, é querer ter do lado, nunca deixar partir, nunca abandonar, cuidar, aceitar os defeitos, é sentir-se feliz simplesmente por aquela pessoa/coisa existir.
Por exemplo, quando alguém diz "meu amor". É uma coisa tão intensa! Está sendo declarado, com todas as palavras, com todo o significado, que aquilo é o objeto do sentimento mais forte que alguém pode sentir. "Meu amor" é insubstituível, é ser adorado, é marcante, é divino! E eu simplesmente me revolto quando alguém fala como se fosse rotina. Quando alguém trata um cliente, ou uma pessoa qualquer por "meu amor". Parem de deturpar a coisa mais pura do mundo!
Outra coisa: "Eu te amo", não é bom dia! Não deve ser falado pra qualquer um em qualquer situação, sobre qualquer desculpa. Principalmente como forma de chantagem. "Eu te amo" é se expor. É confissão, é sentimento que não cabe mais dentro do peito e precisa ser expresso! Quem não se lembra do primeiro amor? Lembra mesmo? Lembra como foi difícil dizer, do frio na barriga, do medo da rejeição? Pois é, "eu te amo" significa todas essas coisas, não desperdice!
Uma coisa eu posso dizer, o Amor é pra todos. Ele vai se mostrar em uma de suas mil faces e marcar o seu lugar. Pode ser mais intenso pra uns, mais amargo pra outros, mas ele vai estar lá. E não é como se você pudesse controlar, ele simplesmente te domina e não há nada que possa ser feito sobre isso.
A verdade é que: o Amor tem que ser respeitado! Tem que ser visto como a coisa importante que é! E só assim a humanidade poderá evoluir, quando notar que a pessoa que está do seu lado no ônibus, apesar de ser comum pra você é a adoração da vida de outra, que só segue em frente por ela.
E, apesar de não ser religiosa, adoro frases de efeito, e a que vou usar para concluir esse texto só pode ser essa: "Amem uns aos outros."

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Da primeira postagem do Blog às Formas de Expressão.


A música é forma de expressão. Da forma que eu vejo, é mais do que simples acordes combinados. É um meio de transmissão de idéias e ideais. Tanto que, o que me estimulou a voltar a escrever, a me expressar, foi o som do nosso rapper brasileiro: Gabriel, o Pensador.
A música “Linhas Tortas” expressa exatamente a relação música x idéias, esse mundo mágico, que é livre de amarras, onde, munido de um papel e uma caneta (no meu caso um computador) pode-se fazer uso da palavra, pode-se demonstrar sentimentos, pensamentos, e foi isso que eu resolvi fazer.
Desde sempre eu tenho uma necessidade crônica de escrever. É mais fácil organizar os pensamentos assim. É mais fácil de fazer alguém entender o que eu quero dizer. É sempre assim, parece meio difícil no começo, mas de repente as palavras simplesmente transbordam e tenho até que segurá-las pra que não percam o sentido. Foi por isso que criei (mais) um blog.
E, voltando ao assunto inicial do texto (música x ideais) vou dizer o que penso sobre a música brasileira de hoje: Em geral, gosto muito de rock (nacional e internacional), no que tange ao ritmo, mas o que me chama a atenção nas músicas tupiniquins em geral são as letras. Ok, estou falando sobre mim. Aí eu vejo alguém na rua ouvindo um funk com uma letra bem vulgar, enquanto no bar a frente rola um pagodinho cheio de “Laiá, laiá” e “iê, iê” misturado com alguns clichês românticos.
Não sou crítica musical. Não entendo muito de ritmo, não toco instrumentos, portanto não vou entrar nesse mérito. O que me preocupa é justamente a racionalidade de quem ouve determinadas músicas.
É uma coisa complexa de explicar, pois, tomando como exemplo o grupo de rap “Racionais”, eu particularmente acho as letras muito ricas, falam sobre as dificuldades de uma classe social prejudicada financeiramente, sobre a luta pela vida, o esforço, e muitas vezes alerta sobre os riscos ao tentar sair dessa condição de uma forma “fácil”: drogas, crimes. Tudo bem, aí eu paro e avalio a criatura que está ouvindo o som: ela não está absorvendo a mensagem, está distorcendo, entendo que ser bandido é legal, é status.
Não entendo se é simplesmente dificuldade de interpretação, ou falta de conhecimento. Mas tem músicas que eu simplesmente me recuso a ouvir pois são pobres de conteúdo. Me digam, o que se pode aproveitar de algo como “Ai se eu te pego, ai se eu te pego”? Músicas com esse tipo de letra (que hoje em dia são dos estilos funk e sertanejo universitário) são intragáveis! Não me descem, pois fazem apenas apologia ao sexo, vulgarizam a mulher e instigam os homens à serem trogloditas.
Mas o âmago da questão, o que realmente quero dizer, é que o problema principal é o público dessas músicas. Infelizmente são pessoas menos instruídas, que tem dificuldade em ver que a vida não é apenas aquilo.
Uma coisa é você ouvir a música por diversão, durante uma cervejada de um domingo à tarde. Eu mesma não me safo à gostar de músicas sem conteúdo, adoro ouvir Velhas Virgens, que com certeza é extremamente vulgar, mas vejo isso como uma forma de diversão.
O problema não é a pessoa tirar um sarro com um “que é isso novinha?”, é viver aquilo. Se tornar uma pessoa vulgar, alienada, sem responsabilidade, viver em função de uma idéia vazia, perdida. Não ter respeito com os demais à sua volta, impor o seu gosto musical, berrando a porcaria auditiva dentro de coletivos, através de celulares, caixas de som nos carros, inaugurações de mercado nos bairros.
São as tais de “cultura de massa”. Aí o infeliz que inventou isso fica rico, e o povão com cabeça de queijo suíço.
O livre arbítrio é direito de todos. Ouçam o que quiser! Mas por favor, da mesma maneira que vocês ouvem Mc Catra, ouçam  Elis Regina, Raul Seixas, Chico Buarque... e não precisa ir tanto pra trás! Gabriel, Charlie Brown Jr, entre tantos outros! Absorvam as coisas positivas, os exemplos, histórias de pessoas que lutaram pra conseguir algo na vida e conseguiram! Opiniões políticas, questões sobre a nossa sociedade, cultura! Fica aqui o apelo.